Santos ou seres de outros planetas?
Os eventos seguidamente ocorridos em Fátima, Portugal, no início do século passado, dão mostra da mais clara interatividade extraterrestre com o nosso mundo e seus habitantes, em tempos ditos modernos.
Por Pepe CHAVES*
PORTUGAL, 1917 - Partindo de contatos mantidos com um "anjo" (tal como Maria, mãe de Jesus...), a menina Lúcia foi preparada para a ascensão de uma graça maior que estaria por vir e, da qual, ela seria a figura catalisadora e difusora deste grande impacto junto à vida de milhões de pessoas das mais diversas latitudes do globo.
De um país tecnologicamente obsoleto e esquecido num canto de uma Europa que agonizava canibalisticamente em profunda crise mercantilista, viria uma luz que assolaria o coração das pessoas encaminhando-os para a bondade; combateria o comunismo soviético; acabaria com a Primeira Guerra; desviaria Portugal do sangue derramado na Segunda Guerra e ainda, preocupada com a Igreja Católica, guardaria para esta, o terceiro e mais bem guardado de seus três segredos: a previsão, para décadas depois, do atentado a um papa.
Voltando naquele terreno lamacento que pertencia à família de Lúcia, num longínquo 13 de outubro de 1917 em Fátima, Portugal, onde cerca de 70 mil pessoas se amontoavam para assistirem o anunciado "milagre do sol", havia um espírito de comoção geral e muita fé religiosa pairando no ar.
Várias daquelas mesmas pessoas já haviam presenciado anteriormente, outras anomalias naquele local. Foram fenômenos protagonizados pelos três meninos, sendo estes associados à manifestação mariana, ou seja, manifestações da mãe de Jesus, segundo afirma a Igreja Católica.
As testemunhas afirmaram que estes fenômenos consistiam em chuva de pequenos "flocos" brancos, que lembra neve; pairava no ar um certo odor de rosas; ocorriam mudanças no clima; alterações no disco solar; e, particularmente, em determinada ocasião, ocorreram movimentos anômalos na estrutura de uma árvore, que teve seus galhos "entortados", como que empurrados por "algo invisível".
Os contatos de Lúcia, a partir do primeiro, passou a levar cada vez mais pessoas ao local, chegando ao ponto de número absurdo de fiéis alteraram praticamente toda a natureza do local. Mas, ironicamente, o dia 13 de outubro tão esperado por aqueles milhares de fiéis católicos amanhecera chuvoso. Justamente o dia em que aconteceria o "milagre do sol"! Mas, eis que, provando sua palavra a "virgem" faz com que o sol saísse por detrás das nuvens e viesse, soberbamente, bailar para todos que ali se encontravam! Sim, era o sol de verdade - afirmava a multidão atônita, tomada pela empolgação e por estar vivenciando de um momento emocionante, sobrenatural e único em suas vidas. O show apresentado pelo "sol" aos presentes foi tão intenso e caloroso que a chuva parou, as roupas ensopadas e o solo secaram rapidamente! Foi um espetáculo impressionante e medonho, o qual, muitos dos presentes acreditaram que seria o fim do mundo. Porém, as testemunhas mais lúcidas e menos apegadas às interpretações pré-estabelecidas pela Igreja sobre a natureza do fenômeno, narraram este "sol dançante" de outra maneira.
A DANÇA DO SOL - Não precisamos delongar para dizer que ficou patente que o "segundo sol", o que executou diversas manobras sobre as cabeças das milhares de testemunhas em Fátima, não era o astro-rei, mas certamente um reluzente veículo de alta tecnologia de formato discóide, incompreensível a todos naquela época. Sua forma circular se assemelhava a um "sol prateado", emanado sobre as pessoas. Também forma narrados fachos de luz com todas as matizes do íris.
As manobras do que chamaram "sol" (por ser redondo e reluzente e, sobretudo, por estar no céu) à época, seriam também descritas por vezes, décadas mais tarde, de forma semelhante, em diversos relatos de avistamentos de objetos voadores não identificados, ocorridos em outras regiões adversas do mundo. Além disso, fenômenos associados à meteorologia também foram constatados no momento dos avistamentos em Fátima, os quais foram descritos pelas testemunhas como sendo "relâmpagos" e "trovões". Estes, também estão claramente associados à fenomenologia dos discos voadores, ou "UFOs", que procedem a emitir sons de luzes; elementos que podem ser associados a fenômenos meteorológicos.
A própria visão da santa e, mesmo do anjo, que em certos momentos da narração de Lúcia parecia ser "transparente e brilhante, como um copo de cristal com água", vem reforçar a idéia de um tipo de imagem projetada, tridimensional e não física - nos fazendo lembrar dos fenômenos de natureza holográfica ou semelhante, os quais nossas ciências ortodoxas começam a pesquisar.
No Caso de Fátima, tornou-se patente o contatismo, como também evidente a ocultação, por parte da Igreja, de um dos três "segredos", narrados pela imagem feminina, que "não poderia ser revelado antes de 1960". Curiosamente, mais tarde, segundo a mesma Igreja revelou, o mesmo estaria associado ao atentado do Papa João Paulo II.
Ora, pois, se fosse revelado em 1961, por exemplo, todos saberiam a data do atentado do Papa e, certamente ele não ocorreria... Esta foi a pior desculpa que a Igreja poderia conseguir para ocultar uma informação do público. Acreditamos que o terceiro segredo não fora mesmo revelado e certamente, trata-se de uma informação de grande impacto social em todo o mundo e supor o que seja, será especular.
Desta forma, o fato de o terceiro segredo de Fátima ter sido supostamente acobertado em detrimento de interesses religiosos ou de outros, vem colocar em xeque a legitimidade dos outros dois "segredos" revelados.
É interessante destacar que neste caso de contatismo, ficou clara a premonição da morte precoce das crianças Francisco e Jacinta, prevista pela entidade feminina, que poderia estar associada ao contato delas com alguma espécie de radiação nociva durante os contatos em eu figuraram ao lado de Lúcia. Ou mesmo, devido a algum outro motivo, então, humanamente incompreensível e em conseqüência do contato destas pessoas com o fenômeno. A causa das mortes precoces dos primos de Lúcia não teria sido revelada pela Senhora à Lúcia, mas somente que este fato viria ocorrer em breve.
VERSÃO CATÓLICA - O desenrolar do Caso de Fátima mostra o quanto a Igreja abraçou este evento e o moldou exatamente conforme os seus interesses, justamente, para a sua manutenção no pode da época. Para a igreja, o caso tornou-se um modelo clássico de reforço da fé em locais onde dela mais se "necessita".
Ainda que um caso semelhante já tivesse ocorrido em Lourdes, na França, décadas antes daquele ano de 1917, quantos outros casos de aparições marianas viriam surgir depois de Fátima, dentro dos seus moldes? É verdade que, grande parte destes, sem maiores testemunhas e mesmo assim, foi oficializada pela Igreja e utilizada como catalisador da fé de seus fiéis.
Assim, o efeito das aparições marianas passaram se repercutir por diversas latitudes terrestres, apresentando uma casuística exatamente dentro daqueles mesmos moldes e, atendendo sempre aos mesmos anseios e interesses da Igreja Católica - a partir de seus mais destacados dogmas. Desde então, com o passar das décadas a Igreja ousou se apoderar de tais fenômenos, mas na maioria dos casos, não é assegurada a autenticidade. Em todos os casos marianos de grande destaque no mundo, a igreja sempre se apressou para fazer se passar sua "versão oficial" como o veredicto da autenticidade de casos evolvendo contatismo ou de paranormalidade, com entidades exógenas.
Infelizmente, os efervescentes conflitos eclesiásticos e políticos vividos naquela época pela recém instaurada República Portuguesa (preocupada em se estabilizar) e a Igreja local (preocupada em continuar a manter sua estabilidade e, ao mesmo tempo, se proteger/combater ante o inimigo "comunista"), viriam distorcer e, criminosamente, tolher a veracidade envolvida nos fenômenos de Fátima. Para tanto, empregou uma "política" de ferro para calar suas testemunhas, praticamente enclausurando Lúcia para o resto de sua vida.
Em verdade, naquele ainda empoeirado Portugal do século 20 as citadas facções que galgavam à detenção do poder político-econômico da época, desejavam, cada qual, em determinados instantes da história, tirar proveito do caso fenomenal em benefício próprio.
VERSÃO CIENTÍFICA - Cientistas diversos, à parte dos conceitos e dogmas do catolicismo, pesquisam os fenômenos de Fátima lançaram outros olhares sobre a questão. Dentre eles, merece destaque o trabalho dos exímios historiadores portugueses Fina D’Armada e Joaquim Fernandes, registrado em livro intitulado Intervenção extraterrestre em Fátima: As aparições e o Fenômeno OVNI. Este trabalho apresenta, sem paixões religiosas, uma intensa pesquisa sobre a fenomenologia UFO ocorrida seqüencialmente em Fátima.
Além disso, outros pesquisadores avaliaram a questão e também dão suporte à idéia de que os casos ocorridos em Fátima, que culminaram no "milagre do sol" em 1917, podem se configurar numa tentativa de contatismo por parte de uma civilização, evidentemente mais evoluída, com a nossa. Diversos elementos, calcados em análises cientificas feitas nos locais (como, medição do acúmulo de radioatividade, entre outros), ainda que constados décadas depois, puderam dar conta de que algo cientificamente incompreensível, de fato, ocorrera em Fátima naquela época.
Esperamos que novas evidências e descobertas venham com o tempo, desvelar o segredo dessa entidade feminina e seus recursos periféricos que encantou as populações portuguesas daquela localidade.
No entanto, entendemos que a interpretação de todos os fenômenos de origem exógena ocorridos pelo mundo, deva estar completamente desatrelada de interesses e cumprimentos religiosos, sejam eles de quais credos forem.
Entretanto, não acreditamos que a Ciência somente, sem a Fé, vá galgar com êxito o caminho das grandes descobertas na busca das verdades cósmicas. Contudo, não acreditamos que somente com a fé e a boa vontade, possamos atingir estes objetivos. A Fé encontra-se abalada pelos malefícios da religiosidade, assim como a Ciência, carcomida pelo egocentrismo daqueles que lhe dá vida. Destarte, ainda preferimos acreditar que, com aquilo que ainda resta da pureza da Fé, somada à sensatez da Ciência, possamos um dia conquistar a Sabedoria, e perfeita compreensão de alguns fenômenos que nossa humanidade experimenta.
CONTATISMO:
A Santa da Gruta de Lourdes em Itaúna
A evento que concebeu a Santa de Lourdes de Itaúna, hoje nomeada pela Igreja Católica .
Por Pepe CHAVES*
A GRUTA DE LOURDES EM MINAS - Em Itaúna, REGIÃO Centro-oeste de Minas Gerais existe uma gruta artificial, chamada de Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. Ela foi criada em torno do local onde teria ocorrido um fato semelhante aos ocorridos em Lourdes, na França, no qual se deu a aparição de uma Santa em 1837 e em Fátima em 1917.
Segundo testemunhas, uma imagem feminina e de "outro mundo" visitou o local em 1955, a gruta de Itaúna possui um sistema artificial que faz minar uma água nas pedras, tida como benta. Segundo a Igreja Católica, esta aparição teria se dado de forma semelhante às aparições marianas em outros locais do mundo, porém com algumas particularidades.
Precedendo a visita santa, avistada por dois meninos com menos de dez anos que moravam perto daquele local e brincavam na mata, Antônio e Eduardo (nomes verdadeiros) foi avistado anteriormente por eles um "macaco mal-encarado", atemorizando-os. Temendo o tal macaco, os meninos foram em casa e se muniram de imagens de São Jerônimo e Nossa Senhora. Voltando ao local com as imagens e voltaram ao local onde teriam desafiado o estranho bicho, quando disseram: "Vamos ver se você pode mais do que esta?".
ESCRITORA CONTA - Dando seqüência aos fatos, a escritora itaunense Iracema Fernandes de Souza, nos narra o episódio com maiores detalhes em seu livro "Itaúna através dos tempos", (Itaúna, 1981), no capítulo sobre a Gruta de Lourdes:
"(...) ...o bicho desapareceu, aparecendo em seguida uma Santa, mais ou menos como Senhora Aparecida. Estava em cima de um cupim, entre duas árvores de grossura mediana. Mata espessa, vale úmido e lamacento no meio. Os meninos deram o alarme, começando logo a chegar os curiosos, amassando os arbustos, destruindo galhos, rezando e pedindo a Deus para que vissem a Santa, até ali, somente avistada pelos meninos. Em meio àquela multidão mista de fiéis e curiosos, eu também estava. Meu marido, minha sogra e eu fomos até lá por dez dias seguidos e nada vimos. Minha cunhada Conceição era uma mulher normal e muito séria, me dizia ter visto a Santa e mostrava: ‘olha, ela está com um menino nos braços sempre se afastando um pouco e tornando a se aproximar. Ela apresentava-se com um vestido lilás da mesma cor da roupa do filho.’. Conceição abanava uma rosa para ela e em delírio gritava: ‘...olha, você não está vendo?’ ".
No entanto, a autora declara que ela mesma jamais conseguira visualizar a imagem feminina, sempre que esteve naquele local, "Eu dizia a ela: não estou vendo nada além dos matos. Meu marido e eu não fomos mais à gruta naqueles dias, porque nossa casa é bem distante e nós nada vimos lá que nos pudesse atrair a voltar. O povo continuou a freqüentar sempre rezando, na esperança de ver a Santa. Desbastou-se aquele abismo central respeitando-se o local da aparição. Passados quatro meses, já em novembro, o Sr. Ovídio (farmacêutico), movido por uma força estranha que não o havia deixado, afirma ter visto a Senhora. Ela estava com um triângulo na mão lhe entregou a seguinte mensagem: ‘Jesus Cristo, eterno Deus! O paganismo ameaça o mundo. Erguei um altar, orai com fé e vereis o milagre da conversão’".
Ela também conta em seu livro que, "Ovídio Alves de Souza é homem sério e hoje é até ministro da Eucaristia na Igreja Matriz da cidade. Ele afirma que a Santa ainda teria emitido outra mensagem muito particular não podendo ter sido revelada. Desta data em diante, foi erguido o altar, fazendo-se dali um lugar de orações, missas e catecismo. O local é muito bem cuidado sob orientação do Sr. Ovídio. Uma gruta com imagem de Nossa Senhora tornou-se uma capela ao ar livre. (...)".
INTERFERÊNCIA DA IGREJA - Nesta importante narrativa da autora, que vivenciou os fatos naquela época, temos um registro notório da presença exógena em Itaúna. Após o ocorrido, o Sr. Ovídio que passou a freqüentar o diariamente aquele local, desde aquele ano de 1955, por todos os dias da sua vida até falecer em 2002. A causa da "Senhora de Itaúna" foi logo abraçada pela Igreja Católica local, que viu na aparição, uma manifestação de Maria, com seu filho Jesus nos braços.
E assim, como nos demais casos ocorridos por todo o mundo, a igreja "incorporou" o local das aparições ao seu patrimônio local. Esta região, posteriormente, sofreu grandes degradações causadas pelos loteamentos à sua volta, reduzindo com o tempo, o terreno isolado da aparição para perto de 1.500m². O local, apesar de conter uma capela da Igreja Católica, é visitado também por pessoas de credos diversos. A Gruta também é tida por alguns estudiosos, esotéricos e sensitivos, como "o maior ponto energético" da cidade.
FALAMOS COM OVÍDIO - Os meninos Eduardo e Antônio - que ainda são vivos e hoje estão com mais de 60 anos de idade e ainda, o farmacêutico Ovídio Alves de Souza, sempre se negaram terminantemente a prestar quaisquer declarações que pudessem acrescentar novas luzes sobre as experiências vividas por eles naquele local.
Pouco tempo antes do falecimento do senhor Ovídio, estivemos pessoalmente com o já idoso farmacêutico. Ele nos recebeu gentilmente em sua farmácia, porém, nada de novo pôde acrescentar, além do que já fora divulgado. Repetiu-me a mensagem da Santa e disse que o conteúdo da secreta mensagem que lhe fora passada deveria permanecer oculto. Segundo ele, a Igreja Católica o proibiu de prestar qualquer depoimento sobre o fato, pois - segundo disse - "eles (os católicos) ainda estão pesquisando sobre esta aparição".
SANTA OU MACACO? - Comentários de fontes bem informadas ufologicamente em Itaúna dão conta de que o ser avistado pelos meninos não teria nada a ver com "Santa". Segundo consta, o ser seria pequeno, de cor acinzentada, de corpo frágil e provavelmente do sexo masculino. Daí a associação com um "macaco", feita pelos meninos que o avistou inicialmente. Por deter um biótipo estranho os meninos logo associaram o estranho ser a um animal, o macaco, que seria o mais lógico para aquelas crianças traduzirem o que vislumbraram.
Quando os meninos deram o alarme na vizinhança de que haviam avistado um "bicho de outro mundo", todos recorreram logo à religiosidade, levando imagens sacras ao local e buscando crer que ali teria aparecido uma Santa. Proibidos pela igreja de falarem sobre o caso, as testemunhas se calaram para sempre e a versão oficial sobre a aparição da Senhora de Itaúna ficou a cargo da Igreja Católica local e como sempre, à mercê dos interesses dessa instituição.