O dia 4 de janeiro de 1975 corria como todos os outros, sem nenhuma novidade, no bairro Santo Antônio, em São Luís do Maranhão. Por ali, ainda não havia luz elétrica e as noites eram bastante escuras. Foi no breu de uma daquelas noites que um objeto voador, brilhante como uma brasa, no formato de dois pratos sobrepostos, frente a frente, e do tamanho de uma lua cheia, aproximou-se da casa do vigia Ângelo Alves Ferreira e da lavadeira Terezinha de Andrade Ferreira, pais de sete filhos. O fenômeno repetiu-se mais três vezes, nos dias subseqüentes, sem que ninguém tivesse a mínima idéia do que fosse, muito menos a polícia do bairro, que logo se declarou incompetente para desvendar o mistério, da mesma forma que a Aeronáutica.
Próximo do solo, o objeto era prateado e balançava como uma folha de papel solta no ar. Tinha duas janelinhas e era pouco maior do que uma Kombi. Dentro, trazia dois sujeitos estranhos, medindo cerca de 1,20 m de altura. Na terceira visita dos misteriosos homens da nave, um dos filhos do casal, Antônio Alves Ferreira, aos 14 anos, maranhense de Araioses, semi-analfabeto, viu luzes acendendo e apagando, e deixando um rastro de fogo quando sumia. Eram 9h e Antônio estava no fundo de sua casa, sem ouvir nada de estranho. A nave surgiu de repente e Antônio se sentiu paralisado. Teve medo, chorou e tentou gritar, mas o grito não saía. Então escutou um barulho de vidro se quebrando. Instantes depois, uma porta se abriu no estranho objeto. Uma passarela se estendeu e ele pôde ver que, lá dentro, luzes piscavam e uma lâmpada fosforescente acendia rapidamente, para depois evanescer, aos poucos.
Dominado, Antônio foi levado para dentro da nave por dois homens – Riaus e Telione. Eles tocaram nos seus ombros, e o maranhense sentiu-se um ser de imponderável leveza. Foi então carregado e deixado sentado no piso interior do disco voador – caso estivesse em pé, bateria a cabeça no teto. Antônio voltou a ouvir o barulho de vidro se estilhaçando. Entre zumbidos, semelhantes ao som de estática de rádio, e luzes coloridas piscando, ele mordia a língua e se beliscava, conferindo se estava sonhando. Ao seu lado, Telione, sujeitinho moreno, usando um macacão verde, capacete azul e botas marrons, cruzava os braços, encarando-o. Riaus, sentado em um banquinho, comandava a nave.
Quando Antônio indagou sobre seu destino, os dois homenzinhos, de olhos pretos, bem rasgados, se entreolharam, esboçaram o que ele intuiu ser um sorriso e nada responderam. Cerca de 20 minutos depois, ele tinha a sensação de pousar em algum lugar. Foi quando o comandante Riaus disse: "Bem-vindo ao planeta Protu, da galáxia Kresbi, do sistema solar Erbiti. Estamos a 375 mil anos-luz da Terra".
Missão pacífica Antônio, católico não-praticante e nada tem de paranormal, foi avisado que Protu estava preocupado com a evolução mental dos terráqueos – assustadora, pela sua violência. Ele viu uma cidade cercada por montes e com o céu repleto de discos voadores circulando. "Os prédios eram de um material que parecia acrílico e as crianças, do tamanho de uma garrafa de refrigerante, dessas de dois litros. As mulheres tinham seios pequenos e todos agitavam bandeirinhas triangulares, azuis e vermelhas, como se esperassem por alguém. Todos grunhiam", descreve.
Sem camisa e descalço, como no momento do rapto, Antônio seguiu para um prédio onde uma cúpula se destacava. Ali, conheceu o líder Krolis, que ocupava uma poltrona alta e larga e mantinha os pés balançando. Ventava e fazia frio. Krolis começou a interrogá-lo, mas Antônio não o entendia. Estava mais curioso com uma pequena caixa cinzenta, onde diversas criaturinhas entrava e desapareciam. "Era teletransporte para outras cidades ou ruas", revela o viajante espacial.
De repente, Antônio passou a ter a sensação de receber perguntas traduzidas em seu cérebro. Naquele clima frio, ele se sentia sem fôlego, algo que Krolis resolveu batendo no lado direito do seu peito. Ele conta mais: "Depois de me indagar sobre combustíveis, alimentação, lideranças espirituais, formas de governos e outras coisas, o líder ordenou a minha volta à Terra". E foi assim que uma grande amizade surgiu entre o maranhense e os pacíficos seres vindos de outro mundo.
Ponte aérea para ProtuSegundo o Centro Brasileiro de Pesquisa de Disco Voadores, oito milhões de objetos não-identificados já foram vistos em 180 países, com mais de dois milhões de contatos estabelecidos. No Brasil, não há um número oficial de contatos e de abduções. Mesmo tendo participado de muitos conclaves extraterrestres, Antônio Maranhão não sabe avaliar se as visitas alienígenas são comuns no País.
De sua parte, ele visitou Protu 11 vezes, entre janeiro e fevereiro de 1975. E arrumou muitas confusões aqui na Terra. De cara, foi proibido de entrar nas igrejas católicas do Maranhão, acusado de "ter parte com o demônio". Depois, foi chamado de mentiroso, maluco e outros termos pejorativos. Pra completar, quase foi preso, por colaborar com pesquisas extraterrestres: roubou um papagaio, um cachorro e um gato para seus novos amigos examinarem, já que, em Protu, não havia animais irracionais.
Antônio não sabia que era cobaia, mas topou ceder seu sangue para os ETs examinarem. Aceitou também abrir um canal exclusivo de comunicação com Protu, em seu ouvido esquerdo, apropriado para contatos interespaciais. Agradecidos, os ETs lhe ensinaram a desenhar. "Eu só sabia fazer um risco, mais nada", assegura, também agradecido.
Da última vez que saiu deste sistema solar, Antônio não foi mais abduzido – ele viajou como convidado especial do líder Krolis. Na volta, comprometeu-se em construir um heliporto, na mata fechada de um sítio do bairro Angelim, em São Luís – missão que ele, de fato, cumpriu.
Homem de palavra, Antônio foi autorizado pelos novos amigos a proferir conferências e palestras sobre as formas de vida alienígenas – ele havia se tornado um "PHD espacial".
Nas asas de BrasíliaFugido da igreja católica no Maranhão, Antônio veio parar em Brasília, onde casou-se, teve dois filhos e se aposentou, por invalidez, provocada por um erro médico que danificou sua perna direita. Constantemente, ele é requisitado para relatar suas experiências extraterrestres por todo o País. "Já depus para as Forças Armadas e cientistas brasileiros, e até da Nasa (a agência espacial norte-americana)", informa.
Consolidada sua amizade com os ETs, Antônio desenhou suas naves e figuras, aprendeu a decodificar sua escrita e conta, em suas conferências, que Protu é um planeta cinzento, sem água e sempre nublado. A alimentação é frugal, com frutas parecendo mamão e melancia, e que se troca de função na sociedade quando se sente no fim de um ciclo. "Não há problemas de saúde. Só se perece por acidentes aeroespaciais, pois não há armas de destruição", comenta. E diz mais: "Há lazer e música recatada, quase silenciosa, parecendo sair de uma flauta. E, como inexiste dinheiro, tudo que é produzido é dividido entre a população".
Antônio revela também que o casamento em Protu dura 300 anos terrestres e que não há escolas para as crianças. "Elas recebem os ensinamentos necessários dentro de uma escala evolutiva", repassa. Por vergonha, não perguntou como seria o sexo planetário. O máximo que indagou foi sobre a reprodução. "É por parto normal, como entre nós, e encubação. Não perguntei sobre seus meios reprodutivos, também por vergonha."
De todas as experiências vividas por Antônio em outro mundo, a mais incrível, em sua opinião, foi ver-se reproduzido por um equipamento parecido com uma tela de TV. Essa espécie de imagem ou clone foi enviado a Terra, para substituí-lo em sua casa, enquanto ele continuava sua colaboração científica com os ETs. "Não dispomos dessa capacidade aqui na Terra porque um acidente sofrido pelo planeta, há milhões de anos, bloqueou tais poderes", explica, com base nos ensimentos protianos.
Se os ETs se entendem tão bem com um maranhense, por que não o fazem com o restante dos terráqueos? Antônio responde: "Por não disporem de armas destrutivas e por temerem a nossa hostilidade. Eles não se acham preparados ainda para o contato. Mas, numa futura viagem, inevitavelmente, isso vai acontecer", prevê. Que esses contatos porvir sejam tão proveitosos e interessantes, como os de Antônio.
Jornal de Brasília.
Um comentário:
Boa Noite! Conheço a história de Antonio, gostaria que perguntassem onde a família dele morava antes do Educandário Santo Antonio pois tenho a impressão que o conheço,morei num bairro próximo.
De há Agradeço,
Osiel Neto.
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